quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Caça Palavras: A composição química do sabão

 


O processo para se obter sabão é uma das mais antigas reações químicas. Sua origem se deu, através da fervura de gordura animal que estava contaminada com cinzas. Um conto Romano fala que o sabão se originou da mistura entre, cinza vegetal e sebo animal (REIS, 2009).

A molécula constituinte do sabão faz parte da função orgânica sal, sendo assim, a mesma, possui no mínimo uma ligação com característica tipicamente iônica, tornando assim, polar.  A polaridade, assim como, o tamanho da cadeia, faz com que o sabão se dissolva em substâncias polares e apolares, e até mesmo em ambas simultaneamente. É essa característica, que possibilita ao sabão a ação de limpeza (DEL PINO; NETO, 2009).

O sabão é produzido através, de uma reação Química entre um ácido graxo (gordura e óleos vegetais ou animais) com um material de caráter básico. Normalmente, a bases mais usadas são o hidróxido de sódio (NaOH), conhecido popularmente como soda cáustica., usado na fabricação de sabões em barra, pois possui consistência dura, e o Hidróxido de Potássio (KOH), para a fabricação de sabonetes líquidos e creme de barbear, pois possui consistência mais flácida. Quando a gordura é aquecida na presença da base, acontece uma reação quimica denominada saponificação que dão origem a esses sais carboxílicos, que é o sabão, e um poli álcool, a glicerina.

A potencialidade de limpeza dos sabões, depende da sua habilidade de formar emulsões com elementos solúveis nas gorduras. O sabão funciona da seguinte maneira: a sua parte apolar é hidrofóbica, ou seja, tem aversão à água, mas é lipofílica, isto é, interage com as moléculas da gordura (que também são apolares), na emulsão as moléculas de sabão embrulham a “sujeira” de modo a coloca-la em um envelope solúvel em água, denominada micela. Enquanto isso, as extremidades polares das moléculas do sabão, que são hidrofílicas, ficam voltadas para fora, interagindo com a água. Desse modo, a sujeira gordurosa é arrastada com a água.

Os sabões são também chamados de agentes tensoativos ou surfactantes, pois diminuem a tensão superficial da água, ajudando a penetrar melhor nos materiais e a realizar a sua limpeza.

Muitas pessoas produzem sabão em casa e a fabricação do mesmo sustenta algumas famílias, além de evitar impactos ambientais. Segundo Alberici e Pontes (2004) a fabricação de sabão caseiro minimiza a quantidade de óleo de fritura, que são descartados de forma irregular no meio ambiente.

 

 

Referências e Complementos

1 - https://www.ecycle.com.br/sabao-caseiro/  - Link disponível com o passo a passo do sabão e explicação sobre a funcionalidades de cada ingrediente.

2 - https://www.youtube.com/watch?v=W3a7zDNi9F0 – Vídeo sobre o processo de Saponificação

3 - https://periodicos.uffs.edu.br/index.php/RIS/article/view/11843/7966

4-https://www.manualdaquimica.com/curiosidades-quimica/composicao-quimica-sabao.htm

 

A partir do texto, ache as palavras em negrito no caça palavras abaixo. As palavras podem estar na horizontal, vertical, diagonal e ao contrário. 




quinta-feira, 7 de outubro de 2021

Curiosidades - Os novos elementos químicos

 

 

Os novos elementos Químicos.
 
Na metade do século XIX já haviam sido descobertos aproximadamente 63 elementos químicos, mas a pergunta que ninguém sabia responder era quantos elementos existiam na natureza e quantos ainda não haviam sido descobertos.
Foi na década de 40 que os cientistas deixaram de ser apenas descobridores e passaram para a categoria de criadores de novos elementos químicos. No dia 30 de dezembro de 2015, a comunidade cientifica foi agraciada com a noticia de que a sétima linha da tabela periódica estavam enfim completas, publicada no site da IUPAC (União Internacional de Quimica Pura e Aplicada).
Os elementos 113, 115, 117 e 118 receberam os nomes de Nihonium (Nh), Moscovium (Mc), Tennessine (Ts) e Oganesson (Og), respectivamente. São elementos sintéticos, ou seja, não são encontrados na natureza, sendo criados somente em laboratório, a partir da fusão de átomos de outros elementos, por meio da colisão destes com aceleradores de partículas, na velocidade de um décimo a da luz.
Para muitos o reconhecimento destes novos quatro elementos e o preenchimento das lacunas na tabela periódica parecem de pouca importância, uma vez que se trata de elementos com tempo de meia vida curtíssimo, na casa de milissegundos, pois são elementos com núcleos superpesados, dificultando para os estudos de suas propriedades químicas e aplicações práticas.
 
Nihonium
O nome Nihônio foi dado ao elemento de número atômico 113, o qual foi descoberto no laboratório de Riken, no Japão. O nome sugerido pelo grupo foi Nihonium, em referência à palavra Nihon, que significa Japão ou terra do sol nascente, sendo, então, uma homenagem ao país no qual ele foi descoberto.
Ainda não se conhecem compostos do Nihônio, pois o elemento foi obtido em quantidades muito pequenas e seu tempo de desintegração radioativa é curto demais para serem preparados seus compostos. Julgando por sua posição na tabela periódica, especula-se que suas propriedades sejam semelhantes às do tálio, elemento situado logo acima na tabela periódica.
O Nihônio seria possivelmente o elemento mais pesado a formar sais muito solúveis em água, teoricamente podendo-se obter soluções de altas densidades. E pode-se presumir, devido à sua possível alta solubilidade, intensa radioatividade e semelhança com o mortífero tálio, que o Nihônio seja um elemento extremamente tóxico.
 
Moscovium
O nome Moscóvio foi dado ao elemento de número atômico 115 porque foi descoberto no instituto de pesquisa nuclear de Dubna (Rússia), cidade próxima da capital Moscou. 
O moscóvio apresentaria certas propriedades similares aos demais elementos do grupo 15, mas sua química e propriedades físicas possuiriam algumas anomalias causadas pelos efeitos quânticos relativísticos que afetam os elementos mais pesados do final do período 7. Ele teria uma primeira energia de ionização consideravelmente baixa, o que o faria um metal relativamente reativo e facilmente oxidável. Sua ligação metálica também seria relativamente fraca, o que o tornaria provavelmente um metal mole e de baixo ponto de fusão se comparado aos demais elementos do grupo
 
Tennessine
O nome Tennessine foi dado ao elemento de número atômico 117 porque foi descoberto no estado do Tennessee, em um trabalho entre pesquisadores do Laboratório Nacional Oak Ridge, a Universidade de Vanderbilt e a Universidade de Knoxville, bem como pesquisadores do Instituto de Pesquisa Nuclear de Dubna (Rússia). Ao contrário dos elementos anteriores do grupo 17 (7A), o tennessine não pode exibir o comportamento químico comum dos halogênios. Por exemplo, os membros existentes do grupo normalmente aceitam um elétron para atingir a configuração eletrônica estável de um gás nobre, com oito elétrons em sua camada de valência. (Regra do octeto). Esta capacidade enfraquece à medida que a massa atômica aumenta e se desce pelo grupo. O tennessine seria o halogênio menos disposto a aceitar um elétron. 
 
Oganesson
O nome Oganesson foi proposto pelos pesquisadores do Instituto de Pesquisa Nuclear de Dubna e do Laboratório Nacional de Lawrence Livermore, nos Estados Unidos, em homenagem ao pesquisador e professor Yuri Oganessian, que foi pioneiro no estudo dos elementos transactinoides.
OBS.: Elementos transactinoides são aqueles que apresentam número atômico maior do que o dos actinídeos, ou seja, maior do que 103.
O Oganesson pertence à família dos gases nobres, oque trouxe diversos questionamentos sobre as semelhanças com a familia VIIIA. Observando sua posição na tabela periódica, espera-se que o oganessônio seja um gás nobre e a exemplo de seus congêneres, possua uma reatividade química muito baixa devido à sua configuração eletrônica, com 8 elétrons na camada de valência, uma configuração "fechada" e estável. Contudo, o elemento sofreria com os efeitos quânticos relativísticos que afetam os elementos mais pesados do bloco p, os quais desestabilizariam a configuração de gás nobre do oganessônio. Consequentemente, é previsto que este elemento será muito mais reativo do que os demais elementos da família, formando compostos com facilidade. 
 
Sabemos que as informações ligadas ao mundo da química estão sempre em constante evolução, as possibilidades são muitas, e através da tecnologia é possível obter muitas respostas. Hoje não se pode ter aplicações diretas destes elementos, mas através da química computacional por exemplo, consegue-se ter uma previsão de alguns elementos se obtivessem uma vida mais longa, e isso nos mostra como o homem pode ir muito longe em busca de conhecimento e nos surpreender com uma tabela periódica ainda mais completa.
 
Referências
https://agencia.fapesp.br/iupac-ratifica-no-brasil-quatro-novos-elementos-quimicos/25670/
http://static.sites.sbq.org.br/rvq.sbq.org.br/pdf/v8n5a30.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=3vVPs9PbFSM
https://www.youtube.com/watch?v=T_DA1OBXIKg
https://pt.wikipedia.org/wiki/Nihonium
https://brasilescola.uol.com.br/quimica/nomes-dos-novos-elementos-quimicos.htm
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mosc%C3%B3vio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tenesso
https://pt.wikipedia.org/wiki/Oganesson